10 anos e 10 meses

     Hoje festejamos esta data e ninguém se lembrou. Felizmente o meu telemóvel tocou para me recordar, que vergonha! Como esquecer a data em que pude beijar-te pela primeira vez e dormir nos teus braços. O meu galã de cabelo comprido e vestes bege com voz de locutor de rádio. 
     Sou eternamente grata a todo o amor que me tens dado; aos quilos de paciência face ao meu feitio e ao aturares as minhas crises de grávida viraste o meu herói. Têm sido tempos difíceis, cheios de ternura pelo peixinho que nada no meu ventre. Este nosso projecto vai-nos certamente fazer esquecer muitas mais datas importantes, mas relembrar-nos que o nosso amor gerou a melhor menina do mundo, a nossa. Menina essa que um dia saberá que o pai e a mãe se conheceram numa segunda feira, que a mãe estava já perdida de amores pelo pai e que o pai se revelou o ser humano mais generoso do mundo. A nossa menina há-de sentir cada dia o que nos vai no coração, um amor incondicional, como em tempos me disseste. 
     Que venham mais 10 anos e 10 meses, tão aventureiros como estes que com muita loucura e felicidade hoje celebrámos.

(A tua menina deu dois chutos, pestinha!)

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