A idade é relativa

Ontem ia no metro sentada não nos bancos como as pessoas crescidas mas na beira da porta, num assento mais alto onde é suposto somente encostar o rabo. Ia sozinha a baloiçar os pés, tinha um vestido florido e botas pelo joelho. Não me achei com ar de mais de 25. Comecei a pensar que se calhar não ficava bem ir com aquele ar de menina pois tenho 33 quase. Demorei uns 2 minutos e lembrar-me da minha idade, tive mesmo de subtrair o ano actual ao do meu nascimento. Não me sinto com 32, não contei mais depois dos 30. Não vou contar.
Se antes me custou aceitar-me como mãe, hoje acho-me uma mãe sexy e jovem. Ainda que a minha paciência pudesse ser melhor.
Há 3 dias que a minha filha não chora nem faz birras. Há 3 dias que eu decidi parar de gritar ou falar menos bem para ela. Todo o acto tem uma consequência, estamos todos mais felizes, eu, ela com o seu sorriso de 34 meses de vida que por magia nos ilumina os dias.

Ontem fui explorar os últimos saldos e ao fim de 4 meses a namorar um casaco de penas azul marinho curto lá o comprei por 18£, óptimo preço.

Há semanas que a vida corre mal, esta felizmente foi boa, muito boa. Fossem todas assim...

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