Portalegre

      Ontém rumámos a Portalegre e mais depressa chegávamos ao Algarve que a Portalegre idos de Lisboa. Como eu não fazia ideia onde tal capital de distrito era, excepto que era alentejo, liguei a uns amigos do alentejo para combinar um café ao que o marido me diz que aquilo ficava muito longe de Odemira. Longe? Pois eram para aí uns 300km, puxa que o alentejo é muito grande!
      O marido delineou o percurso.  Íamos pelas nacionais para visitar 2 terras, Mora e Ponte de Sôr. O site da Câmara falava em comércio de produtos locais e nós somos pessoas curiosas. Em Mora contei umas cinco pessoas, estando duas no café onde fomos petiscar. Quando perguntámos o que nos aconselhavam a visitar, a resposta foi: nada! Lá seguimos com um sorriso melancólico, porque era sábado, estava um dia lindo e parecia um deserto o local.
      Ponte de Sôr prometia, por ser uma cidade, no site referia que a cortiça era uma referência local. A rua principal tem umas trinta lojas, sendo que talvez três estivessem abertas. Entramos numa papelaria para eu comprar a Burda ( ando com a mania que quero aprender a costurar) e o senhor diz-nos que é ele que costuma vender artigos em cortiças mas de momento não tinha nada. Falou-nos que talvez no centro de artes houvesse algo para vermos, passámos lá e estava fechado. Conclusão tinhamos andado umas 2h de carro e até então não havia nada para ver, nem artesanato nem doces conventuais.
     Era quase noite quando chegamos a Portalegre. O local escolhido foi o mercado onde recorria um baile. Não vimos andamento de mais nada e fomos para o centro. O centro é bonito, faz lembrar Évora (muito idêntico). A primeira coisa que nos chamou a atenção foi uma enorme loja dos chineses num edificio antigo restaurado. À primeira vista pensamos tratar-se da Câmara pelo destaque e beleza exterior do espaço.
     Fomos em busca do posto de turismo, tarefa árdua, porque fica escondido numa ruela anexa ao centro. Perguntámos onde podiamos encontrar produtos regionais no centro e disseram-nos que em lado nenhum. As únicas duas lojas que os vendiam não abriam ao sábado. O centro de Portalegre resume-se a uma rua, com umas cinquenta lojas, metade estaria aberta. Fiquei fascinada pelo facto de só existir um café aberto. As lojas são de carácter familiar. As pessoas a passear ou a comprar eram em número muito muito limitado.
       No turismo recomendaram-nos uma herdade nos arredores. Fomos muito bem recebidos, a Teresa era espectacular, comunicativa e receptiva a nos explicar porque procuramos em vão produtos locais e outras curiosidades. Viemos de lá de mãos cheias de produtos locais para ofertar no natal. No fim de contas a viagem foi positiva, Portalegre tem um centro bonito mas um pouco desertificado. O frio era insuportável, uns 5º às 19h. As estradas nacionais de acesso Lisboa-Portalegre são óptimas a nível de piso e segundo nos disseram só da Frangoneira a Portalegre é que há radares. Na herdade o atendimento é personalizado e os produtos regionais e de qualidade garantida. Se forem a Portalegre sigam estes conselhos:
- não acreditem no site da Câmara
- o posto de turismo é atrás da Praça do Rossio, cortando na perfumaria
- visitem a Herdade de Almojanda http://www.almojanda.pt/ fica na localidade da Frangoneira.(não têm MB)

Façam as vossas compras de natal no comércio local, eles fazem entregas em Lisboa!



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