A minha vida dava um filme

Quando tudo parece estar controlado, orientado, pumba... vem algo que nos tira o sono.
Não me lembro da última vez que não tive preocupações.
Desde abril vivo num inferno interior.
E sou fraquinha, fraquinha...
Vejo os outros errados, procuro que me percebam mas nada.
Não me sei impôr. Nunca soube.
Adorava ser forte e decidida.
Odeio injustiças, mentiras.
É que sobra sempre para mim, sempre.
Tenho um karma que atrai dores de cabeça.
Nem quando gasto do que é meu para beneficiar outros, o karma é bonzinho comigo.
Farta deste país que defende a preguiça, o facilitismo, o encostar contra a parede.
5 anos de trabalho e resmas de problemas, faz-nos questionar:
Serei má professora?
Sem condições de trabalho, sem contracto de trabalho, sem receber a dia 16 e desde junho. Onde está um pouco de dignidade para comigo?
Só ouço criticas, nunca nenhum pai se chegou à frente para dizer uma palavra boa, portanto sou mesmo má profissional.
Cansada, cansada disto a sério.

5 comentários:

  1. Eu juro que gostava de ver esses paizinhos da merda a tomarem conta dos seus preciosos filhos as mesmas horas que nós estamos com eles para ver as maravilhas que eles fazem. Aos bebés espeta-se a xuxa na boca, aos miudos é a PSP...e pronto! Situação controladíssima!
    Enfim amiga...temos de os TOIREAR...

    Feliz

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  2. Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.
    Eu sei o que isso é, porque também já tive um ano assim, mas passou. O próximo não sei como vai ser, mas quem sabe?

    Sem te conhecer (mas já tratando por tu)... já ponderaste bem se realmente ser professora é a tua vocação? É que às vezes mais vale perder 1 ano ou 2 a investir noutro tipo de formação, mas que nos realize mais do que uma vida inteira de frustração.
    Claro que isso levanta outras questões... é a crise, é o desconhecimento do futuro... mas cada um lá sabe da sua vida, há gente que tem sempre o backup da família ou assim. E pah, se há coisa que a vida profissional me ensinou, foi de que coisas que o dinheiro não paga e a nossa saúde (seja física ou mental) é uma delas.

    Boa sorte
    do anónimo que já deixou alguns comentários mais mauzinhos

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  3. Sei como é... Este ano também me está acontecer o mesmo... problemas a torto e a direito, pouco dinheiro para as responsabilidades que te põe às costas e receber tarde e a más horas... enfim ás vezes dá mesmo vontade de desistir, mas quem dá aulas sabe que é difícil deixar "aquele bichinho" quando vês que os miúdos aprenderam algo e que isso foste TU que ensinas-te!

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  4. Anónimo, com todo o respeito: são estes pais que nos fazem duvidar da vocação! Alias, muitos deles fariam qualquer trabalhador excepcional duvidar da sua arte!! Só um exemplo:
    Uma mae levar a criancinha a um famoso (famosissimo) psicologo, ele dizer-lhe que a miuda tem é falta de regras e uma boa palmada naquele cu e a dona mamã vir toda ofendida, porque o psicologo nao sabe nada de nada!!
    Valha-nos Deus!!!!!

    Feliz

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  5. Olá Feliz.
    Eu só questionei a vocação para ser professora devido a um post anterior, escrito pela autora do blog, em que a própria diz:

    "Cada vez mais sei que não é isto que quero fazer a vida toda. O que eu quero é abrir um restaurante e um dia hei-de conseguir!"

    O que leva uma pessoa a seguir uma profissão é respeitante apenas a cada um, mas quando a própria diz isto (e não é uma crítica), então é porque se calhar de facto não é mesmo a sua vocação.
    Acho que quando não se é feliz é preciso mudar. Ou se preferir, pesar na balança o que tem de bom nessa profissão e o que tem de mau e optar por aí...


    Felicidades

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