O Colombro estava um caos, as pessoas empurravam-se, ninguém olhava a meios para alcançar os ítens desejados. Dadas cinco voltas, comprados a maioria dos presentes, abandonei o local.
No metro, a massa humana, trazia sacos coloridos com prendas dispendiosas. Nas carteiras reinavam alguns cartões com o plaffon ultrapassado. Todos andavam empolgados mas sem alegria.
No fim do dia, ainda com prendas em falta, rumei ao Vasco. A mesma agitação frenética- era o cenário.
Depois de cheio o bucho, mais três voltas dadas e um café para recuperar energias, desisti. A coluna está exausta, as mãos já não sabem como carregar os sacos de papel que cortam os dedos e, os pés anseiam por descanso.
Dentro do autocarro a viagem parece não ter fim.
Finalmente casa!
Ligo o aquecedor para o quarto ficar mais aconchegante, enterro-me nos cobertores apesar de o relógio marcar 21h. Os sacos com os embrulhos pousei num canto, amanhã terei de embrulhar, etiquetar, organizar e ver o que falta.
Hoje chega.
Amanhã quando os termómetros marcarem qualquer coisa como 3º, volto a sair de casa, rumo a mais uma manhã atulhada em bens nada necessários. Preciso de umas botas e de uma prenda.
Descansar.
Até amanhã.
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