My dear mom!

Eu tenho uma paixoneta pela minha mãe, daquelas que nunca há-de passar e se chama amor de filha pela sua linda mãe. A minha mãe apesar de ser hipocondríaca é fantástica. Ao longo da minha adolescência sempre me deu tudo o que desejei, fazendo pinos e rodas para o conseguir.
Actualmente, vive longe de mim, mas quando vem a Lisboa não há doenças que lhe pegue, sono que tenha ou tempo que não exista. Passeámos para todo o lado, limpa-me a casa todos os dias e espera sempre que eu vá dormir para se deitar, acho que ela, tal como eu, sabe que passámos tão pouco tempo juntas que não podemos desperdiçar um segundo. Faz hoje uma semana que ela aqui estava mais o meu querido pai.
A sua ajuda é sempre precisosa, porque foram os Santos, a casa esteve cheia de gente, havia roupa a nascer para lavar e passar a ferro, houve uma inundação... Enfim sem ela teria dado em maluca.
Mas a minha mãe tem vários defeitos que me põem em estado de loucura, primeiro auto medica-se; segundo acredita em todas as doenças que os outros dizem que possa ter; terceiro não come saudável nem pratica exercício; quarto é muito preguiçosa para andar a pé. quinto sempre que lhe gabo algo quer logo oferecer-me, sexto está a ficar somítica...
As suas qualidades superam qualquer defeito: está sempre disponível para mim; sempre preocupada comigo e com os outros; larga tudo se eu precisar de ajuda; faria tudo ao seu alcance para me auxiliar e o que mais deseja é ver-me feliz. A acrescentar aturou-me enquanto adolescente, algo nada fácil e sobreviveu por isso é uma lutadora e muito paciente. Gere bem as suas finanças e não tem taras por nada que não seja louça e pão.

Amo-te mãe por cada segundo que me fazes sentir que cresci uma adulta ajuizada graças à educação que me deste.

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